domingo, 12 de outubro de 2008
Arquivos com as apresentações do evento Vídeo e Debate: Consumo Consciente e Responsável na Alimentação - foco no RU da UFSC
Parte 1: Consumo Consciente e Responsável na Alimentação
http://www.slideshare.net/evfu/parte-1-consumo-consciente-e-responsvel-na-alimentao-presentation
Parte 2: Debate - temática : The Meatrix
http://www.slideshare.net/evfu/parte-2-debate-temtica-the-meatrix-presentation/
Parte 3: Propostas VEGETUFSC
http://www.slideshare.net/evfu/parte-3-propostas-vegetufsc-presentation/
Ou baixe os arquivos no 4share:
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Vegetufsc debate consumo e alimentação
Você sabe o que consome no dia-a-dia? A pergunta foi um dos eixos do debate Consumo consciente e responsável na alimentação focando o RU da UFSC, ocorrido na noite dessa segunda (29/09), no auditório da reitoria, e organizado pelo grupo Vegetufsc – formado por membros da comunidade universitária.
O encontro reuniu, em sua maioria, pessoas que não consomem carne e seus derivados, mas também atraiu alunos não vegetarianos, tanto em função do debate prever uma discussão mais ampla – a qualidade dos alimentos ofertados, levando-se em consideração a agricultura orgânica e familiar – quanto a curiosidade em se seguir a dieta sem produtos de origem animal.
Mahesh Molz, pós-graduando em engenharia e um dos participantes da Ecofeira Solidária da UFSC – que ocorre todas as quartas na Praça da Cidadania – iniciou o debate com algumas reflexões: "O que é o alimento? Há quem diga que é aquilo que a gente põe para dentro. Outros acreditam que é o que entra pela boca", sugeriu, enquanto mostrava fotos de um engolidor de espadas e de um fumante. "Alimento é aquilo que sustenta e nutre o corpo e a mente", retificou.
Em seguida o foco se voltou para o consumo. As estatísticas levantadas serviram para ilustrar o que se caracteriza como consumismo: só a população norte-americana descarta dois milhões de garrafas plásticas a cada cinco minutos, de acordo com o fotógrafo Chris Jordan, que se dedicou a captar imagens desse desperdício. "Saber das causas e dos efeitos daquilo que se consome, não só para si mesmo, mas para o entorno, o meio ambiente e também para as outras pessoas e outros seres é praticar um consumo consciente", explica Mahesh.
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Vermelha ou azul? - A animação Meatrix (disponível com dublagem em português aqui ou legendada aqui , uma paródia do filme Matrix, foi exibida para ilustrar alguns dos motivos pelos quais se opta por não consumir carne e seus derivados. O filme conta a história do porquinho Léo, que leva a vida tranqüila numa fazenda, até conhecer Moorpheus, um boi que lhe oferece duas pílulas: uma azul, caso prefira permanecer alheio à realidade, e a vermelha, para descobrir as verdades que lhe rodeiam.
Ao se decidir pela vermelha, Moorpheus conduz Léo por ambientes da agroindústria exploratória, que tem como conseqüências a crueldade com os animais (por serem criados em ambientes minúsculos e sofrerem maus-tratos), a poluição maciça – tanto pela utilização de agrotóxicos quanto pela quantidade de dejetos produzida pela pecuária - e a crescente diminuição de comunidades rurais em detrimento das grandes indústrias, o que leva o homem do campo a migrar para as cidades e engrossar as fileiras do desemprego.
Processo gradual - "Assumir responsabilidades pelas escolhas feitas não é algo automático, mas sim um processo educativo gradual. O grau de responsabilidade assumido depende do grau de consciência", explica Mahesh. "Primeiro se adquire o conhecimento, depois há a mudança de sentimento para só então existir a decisão e por fim a ação", enfatiza, frisando que as modificações pessoais, muitas vezes, não acontecem de uma hora para a outra.
Além de uma maior variedade das opções oferecidas no Restaurante Universitário, o Vegetufsc também reivindica alimentos orgânicos e oriundos da agricultura familiar. Para explicar como funciona a produção agrícola através de cooperativas, foi exibido vídeo Árvore Encantada.
O documentário, ambientado no nordeste, mostra a comunidade voltada para o cultivo do umbu, fruta típica da região. Há alguns anos o umbu era colhido e vendido para os grandes centros nordestinos. Hoje, cidades como Canudos possuem cooperativas que plantam, colhem e transformam o umbu em geléias, doces, sucos e vários outros produtos, que são consumidos pela própria comunidade. "Esse umbu ia pra onde? Nada voltava pra nós. Hoje tem nas escolas, nos hospitais... Se a gente se organiza, a gente chega lá!", afirma um dos moradores.
As reflexões levantadas no debate complementarão a proposta de implantação de refeições vegetarianas no Restaurante Universitário, que deverá ser entregue ao pró-reitor de Assuntos Estudantis, Cláudio Amante.
Leia mais sobre os debates do Vegetufsc aqui.
Por Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom
http://www.agecom.ufsc.br/index.php?id=7665&url=ufsc
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
VÍDEOS E DEBATE - Consumo Consciente e Responsável na Alimentação: focando o RU da UFSC
VÍDEOS E DEBATE
Consumo Consciente e Responsável na Alimentação
focando o RU da UFSC
LOCAL: Auditório da Reitoria - UFSC
DATA: 29 de setembro, segunda-feira
HORA: 18h30
Programa :
· Exibição do vídeo “The Meatrix” -- 10 min, legendado, desenho animado.
· Debate com o grupo VEGETUFSC e convidados.
· Exibição do vídeo “A Árvore Sagrada” -- 24 min, documentário brasileiro premiado.
· Apresentação da proposta do VEGETUFSC.Contato:
Branda branda.vieira@gmail.com
Joana jo_pam@hotmail.com
Evandro 8422 6647
Mahesh & Krisná 3234 5953
Realização: VEGETUFSC
www.vegetufsc.blogspot.comsexta-feira, 11 de julho de 2008
Matéria no Jornal Circulação do SINTUFSC
Nas página 12 e 13:
http://www.sintufsc.ufsc.br/conteudo/circulacao/pdf/88.pdf
domingo, 6 de julho de 2008
Debate sobre opção vegetariana no RU abre II Fórum de Direitos Estudantis
De que forma o Restaurante Universitário (RU) pode suprir as necessidades dos usuários que não comem carne? De onde vêm os alimentos produzidos no RU e o que eles contêm? Essas e outras questões relacionadas à alimentação fornecida pela UFSC a estudantes, professores e funcionários foram debatidas no primeiro dia do II Fórum de Direitos Estudantis, realizado na terça (03/06) no auditório do Convivência da UFSC.
Participaram da mesa Maria Nazaré Wagner, da coordenação Geral do Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc); o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Cláudio José Amante; Rodrigo Ribeiro, do Diretório Central dos Estudantes (DCE); Evandro Furlan, do grupo Vegetufsc, além dos acadêmicos Hélio Rodak e Fernando Bambardelli, que coordenaram o debate.
Evandro Furlan defende que o restaurante deve oferecer opções sem carne, divulgar o que cada prato contém e também preferir os alimentos orgânicos. "Precisamos buscar fontes mais sustentáveis ao meio ambiente e ao ser humano, como a praticada pela agricultura familiar, que ainda prevê a permanência do homem no campo". Estudante de Odontologia, ele não entende o prato vegetariano como uma restrição a ser imposta àqueles que comem carne, mas, ao contrário, como uma alternativa a mais. "A questão é: não queremos opções para vegetarianos, mas sim opções vegetarianas para todos". Evandro citou também instituições de ensino que já se adequaram à dieta sem carne, como a UnB e a UFC.
O pró-reitor Cláudio Amante acredita que as mudanças devem ser feitas gradualmente. "Sou vegetariano, e sei que modificar uma dieta é algo complexo, é todo um processo de construção. Temos que repensar nosso modelo de restaurante, até para que possamos implementar a dieta vegetariana". A velocidade das transformações, de acordo com o pró-reitor, deve ser comedida, buscando mudanças sustentáveis e considerando o maior número de pessoas. "Minha vontade é estabelecer uma dieta saudável, com novas ofertas de alimentos, pensando em todos os envolvidos no processo – alunos, funcionários e professores – para que se sintam sensibilizados pelas mudanças".
Nazaré Wagner relembrou a época em que era estudante na UFSC. "Na década de 70 havia uma luta para que se reduzisse a quantidade de agrotóxicos dos alimentos. Sabemos que a dieta do brasileiro, baseada no uso exagerado dos químicos, causou-lhe doenças. Hoje percebemos que a carne de primeira não é comida de primeira. Esse adjetivo agora é designado à alimentação orgânica de qualidade".
Além de outras questões que giraram em torno do RU – como reivindicações acerca da ampliação do horário de atendimento à comunidade universitária, a construção da terceira ala, a contratação de cozinheiros, a melhoria do mobiliário e o aumento da variedade dos alimentos – os participantes aproveitaram a presença do pró-reitor para discutir o Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a moradia estudantil e as bolsas de estudo e de permanência, assuntos que também serão tema das mesas que acontecem até sexta (06/06), conforme a programação do Fórum.
Mais informações sobre o evento na página do DCE.
Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom
http://www.agecom.ufsc.br/index.php?id=6754&url=ufsc
O que o RU compra !
É claro que o RU compra vários outros itens (não muitos), como verduras e raízes (cenoura, beterraba), farinha de mandioca e arroz.
Essas tabelas resumem todos os gêneros alimentícios comprados pelo RU da UFSC, através de Pregão Eletrônico de janeiro a julho de 2008.
ITENS | Kg | R$ |
Legume in natura, tipo batata inglesa lavada | 3.600 | 3.419 |
Cebola in natura | 960 | 850 |
Feijão, tipo 1, grupo anão, tipo classe preto | 720 | 2.124 |
Tomate in natura | 1.440 | 2.880 |
Condimento in natura, espécie alho | 120 | 775,2 |
Carne bovina in natura,tipo alcatra | 1.500 | 13.832 |
Carne bovina in natura, tipo músculo traseiro | 1.500 | 8.217 |
Carne bovina in natura, tipo patinho | 1.500 | 11.500 |
Almôndega, tipo carne bovina | 600 | 4.198,00 |
Hambúrguer, material carne bovina | 600 | 4.073 |
Salsicha, origem carne suína | 600 | 1.470 |
Carne de ave industrializada peito de frango congelado | 900 | 4.998,99 |
Batata frita embalada, tipo palha fina | 500 | 3.300 |
Creme de leite | 300 | 1.200 |
Legume em conserva, tipo legumes pepino | 500 | 2.500 |
Gelatina em pó de 1ª qualidade nos sabores, abacaxi, limão, morango e uva | 500 | 1.500 |
TOTAL | 15.840 | 66.837 |
Fonte:http://www.comprasnet.gov.br/